quarta-feira, 20 de junho de 2012

LEI DA RÁDIO PODERÁ ESTAR A CAMINHO DE NOVA ALTERAÇÃO

Depois de uma tomada de posição da ERC, que considera que a atual legislação da rádio "coloca problemas seríssimos" e que "se calhar, a nova lei foi longe demais", esta entidade formou no passado dia 13 um grupo de trabalho para fazer um balanço dos resultados da aplicação da atual legislação e, eventualmente, recomendar alterações ao legislador.
Também o Sindicato dos Jornalistas destacou um conjunto de casos envolvendo o grupo Media Capital (MCR) e o grupo Rádio Renascença (R/Com), "que se traduzem na concentração real de rádios locais e na sua transformação em meros repetidores/distribuidores de programação produzida centralizadamente em Lisboa", e que têm ainda como consequência o despedimento de dezenas de jornalistas dos órgãos locais.
"A não ser invertida, esta situação levará à morte de um elevado número de rádios locais", alertou o referido sindicato.
O Sindicato dos Jornalistas esclareceu ainda que "a Media Capital, do grupo espanhol Prisa, que tem vindo a comandar os conteúdos de nada menos de 37 ditas rádios locais, através das quais, por controlo direto ou por acordos para a utilização das antenas de operadores, difunde os seus serviços de programas M80, Cidade FM, Star FM, Smooth FM e Vodafone FM, está a concentrar as emissões a partir de Lisboa e fazer cessar os serviços locais da M80, da Star FM e da Cidade FM em diversas localidades".
Lembramos que o concelho de Viseu é o sinónimo desta atual situação, onde a frequência da rádio Viriato FM (102.8 Mhz) deu lugar à emissão da Cidade FM (grupo MCR) e mais recentemente, desde novembro passado, viu a frequência da Rádio NOAR (106.4 Mhz) ser ocupada pela Rádio SIM (grupo R/Com). Também a frequência atribuída ao concelho de Penalva do Castelo, em 95.6 Mhz, está a ser ocupada pela emissão da M80 Rádio, que desde final do ano passado transferiu para Viseu os estúdios locais.