terça-feira, 3 de julho de 2012

SINDICATO DOS JORNALISTAS CONTRA A ATUAL LEI DA RÁDIO

As rádios locais estão com graves problemas financeiros e a despedir trabalhadores, uma consequência não da nova Lei da Rádio mas da crise, revelaram a Associação Portuguesa de Radiodifusão e a Associação de Rádios de Inspiração Cristã.
De acordo com a Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR), desde o início do ano foram despedidos mais de duas centenas de trabalhadores das rádios locais e outros tantos poderão ser ainda despedidos.
Tendo em conta que a principal fonte de receita da maioria é a venda de publicidade, o presidente da APR, José Faustino, disse à agência Lusa que “só no primeiro semestre de 2012 houve uma quebra de facturação entre os 30 e os 80 por cento”, devido à redução das receitas da publicidade como consequência da crise económica.
A mesma posição foi assumida por Nuno Inácio, presidente da Associação de Rádios de Inspiração Cristã (ARIC).
Contudo, apesar de concordar com a alteração introduzida pela nova Lei da Rádio, o presidente da APR admitiu que o facto de as rádios puderem ser temáticas possa conduzir a uma redução de jornalistas, caso as rádios escolham ser musicais e menos informativas, o que obrigaria por lei a ter jornalistas.
Durante a discussão da nova Lei da Rádio, em vigor há dois anos, a APR e a ARIC foram a seu favor, ao contrário do Sindicato dos Jornalistas.
O sindicato defendeu há duas semanas que a nova Lei da Rádio é um “ataque às rádios locais”, instando as autoridades competentes a eliminarem o “embuste” proporcionado por esta legislação, que as transforma em “repetidores de gira-discos nacionais”.
Fonte: Meios&Publicidade