quarta-feira, 16 de novembro de 2011

RÁDIO NOAR... O FIM DA RÁDIO DAS NOTÍCIAS

A RÁDIO NOAR (Viseu - 106.4 Mhz) chegou ao fim...
A ANACOM já o tinha decidido, hoje foi a ERC que deliberou no sentido da "cessão do serviço de programas denominado Rádio Noar, assim como da respectiva licença, a favor da Rádio Renascença, Lda., conforme requerido.", abrindo caminho para o fim da rádio das notícias do distrito de Viseu.
A Rádio NOAR, surgiu, como a grande maioria das rádios locais, no movimento das rádios livres. A primeira emissão aconteceu em 1 de Abril de 1987. Manteve-se NOAR, até 1989, altura em que todas as rádios livres tiveram que suspender as emissões para entrarem no processo de legalização. As emissões são retomadas em Abril de 1991, na frequência de 106.4 Mhz. Desde cedo a Rádio NOAR, assume um papel interventivo no plano cívico e cultural da cidade de Viseu, organizando colóquios, exposições e espectáculos. E se desde o princípio a Rádio NOAR esteve à cabeça da luta pela legalização das rádios locais, também, mais tarde, fez parte das rádios que lutaram pela legalização das cadeias nacionais de rádios. A NOAR, como rádio generalista, sempre teve um auditório diferenciado,  no entanto, a maioria encaixou-se nas classes média e média alta, onde a informação regional sempre foi a sua principal marca.
Desde a sua legalização, a Rádio NOAR já pertenceu à RSF - Radiodifusão, Ldª, ao Grupo Sojormédia e, mais recentemente, faz parte do grupo detido por Acácio Marinho, sendo notório que, desde as últimas duas alienações, a Rádio NOAR veio a perder a qualidade que lhe era reconhecida na área da informação, inerente a uma redução acentuada no quadro de funcionários e colaboradores.
De lembrar que José Alberto Carvalho, director de informação da TVI, Paulo Ferreira, editor de economia da RTP, Dalila Carvalho e Nuno Amaral, ambos jornalista da TSF, entre muitos outros jornalistas e animadores, tiveram como primeira escola a Rádio NOAR. Actualmente, e desde a compra da estação pela RSF - Radiodifusão, Ldª, a Rádio NOAR tinha António Figueiredo como director, sendo também ele um jornalista com vasta experiência no panorama radiofónico da região. 
Com a decisão da ERC, a capital de distrito perde mais uma rádio local em deterimento da força dos euros de um dos grupo de comunicação social que dominam o panorama radiofónico nacional.
Ao que tudo indica, e uma vez que a RR, RFM e SIM têm frequências bem estruturadas no distrito, a vontade do Grupo Renascença é avançar, no início do próximo ano, com a MEGA HITS, e fazer frente à Rádio CidadeFM que também chegou a Viseu através da frequência da extinta Rádio Viriato.